segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Por Pr. Wagner Antonio Araújo
A nossa tendência é não crer. Só cremos no que vemos, e ainda desconfiamos de estar enxergando mal. Somos pessoas que agem como Tomé: queremos ver para crer.
Crer que o emprego virá? Não; é mais fácil crer na porta fechada, na vaga preenchida ou na oportunidade perdida.
Crer na realização de uma boa prova? Não; é mais fácil crer que, na hora, teremos um branco tal, que não nos lembraremos nem do nosso próprio nome.
Crer que ela dirá “sim”? Não; se nós tivéssemos dinheiro, beleza, fama, poder, se fôssemos outros, ainda teríamos alguma chance...
E assim, caminhamos de desesperança em desesperança. Há até momentos em que, se por alguma razão, as respostas nos são positivas, tratamos de combatê-las, dizendo: “Quando tudo vai bem, é porque alguma coisa está mal ou ficará mal”.
É necessário combater essa incredulidade nata de nosso coração. Deus não Se agrada disso. Eu sei que não é fácil acreditar naquilo que não se vê, naquilo que não se ouve, naquilo que não se toca. Mas a história está aí para provar que somente os visionários, aqueles que sentiram por antecipação, agradeceram com antecipação e mantiveram-se fixos num ideal, venceram. E continuarão a vencer.
A Palavra de Deus diz: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Se nós não vemos - porém cremos – então, o que fazemos terá muito valor. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
Não é fácil manter a fé num mundo como o nosso. Bombardeados pela desconfiança, somos convidados a duvidar todos os dias. Mas a Palavra de Deus é muito clara: “Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis” (Mc 11.24).
É claro que nossa fé tem que ser baseada não em fantasias e nem em bobagens, mas nas promessas da Palavra de Deus. Não devemos tirar os textos dos contextos por pretexto de fé. A Bíblia sabiamente lida e interpretada é “lâmpada e luz”. Quando alicerçamos nossa fé no que Deus diz e não no que nós sentimos, então, temos todos os motivos para agradecermos por antecipação. Aliás, isso agrada a Deus. Porquanto se diz: “Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” (Gl 3.6). Nós também podemos crer, e crer em Suas promessas. E isso será justiça para nós.
Quando cremos, descansamos. Somos capazes de colocar a cabeça sobre o travesseiro e dormir: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança” (Sl 4.8). Afinal, já entregamos tudo nas mãos do Pai e confiamos em Seu poder e sabedoria.
Podemos dizer, convictamente: “Os meus problemas não são mais meus, mas são de Deus”. “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.7).
Crer é uma opção do intelecto que afeta a alma. Por que viver na expectativa da tragédia, se podemos viver esperando o que é melhor? Por que optar pelo “não”, quando é possível e viável o “sim”? Deus sabe nos conduzir. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé (1 Jo 5.4). “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37).

[Extraído e adaptado do site da Igreja Batista Boas Novas, de Osasco – São Paulo].

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